11 novembro 2022 19:30
A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, cumprimenta militares na partida da primeira força nacional destacada para a Roménia
jose sena goulao/lusa
A ministra da Defesa prometeu aumentos iguais aos da PSP e GNR, mas a valorização salarial da tropa é menor. A saída para as forças de segurança é uma das razões para a falta de pessoal nas fileiras
11 novembro 2022 19:30
As três associações socioprofissionais de militares — oficiais, sargentos e praças — vão para a rua protestar à civil no próximo dia 19 de novembro, ao lado de polícias e guardas, em lugar ainda por definir, por se sentirem defraudados pela “valorização salarial” proposta pelo Governo. A ministra da Defesa, Helena Carreiras, chegou a dizer, no Parlamento, quando foi apresentar o Orçamento para 2023, que “os militares das Forças Armadas serão contemplados com o mesmo tipo de valorização que os serviços de segurança. Vamos esperar pelas medidas.” Mas não foi o que aconteceu.
Como a ministra não se reuniu com as associações, o que foi visto pelos militares como uma desconsideração, o secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, emitiu um comunicado na terça-feira, antes mesmo de completar a ronda, uma vez que o encontro com a Associação Nacional de Sargentos é só esta sexta-feira. Na nota ministerial, a Defesa anunciava “aumentos mensais entre €52 e €104, a que acrescem o suplemento de condição militar” e acrescentava que, “em termos relativos, trata-se de valorizações salariais que ascendem aos 11% para níveis remuneratórios mais baixos e se situam nos 2% para níveis remuneratórios mais altos”.