Política

Convenção da IL agendada para 21 e 22 de janeiro em Lisboa. Rui Rocha reclama “vitória liberal”

Convenção da IL agendada para 21 e 22 de janeiro em Lisboa. Rui Rocha reclama “vitória liberal”
NUNO BOTELHO

Reunião magna servirá para escolher o sucessor de Cotrim de Figueiredo. Até agora estão dois candidatos na corrida: Rui Rocha e Carla Castro, ambos membros da atual comissão executiva

A VII Convenção da Iniciativa Liberal (IL) para eleger o novo líder foi agendada para os dias 21 e 22 de janeiro, em Lisboa. Trata-se de uma primeira vitória para o candidato Rui Rocha que defendeu o adiamento da reunião magna que estava prevista para dezembro.

A decisão foi tomada por larga maioria no final da reunião do Conselho Nacional, que decorreu este domingo num hotel em Coimbra, e que aprovou também o regimento da reunião magna.

“É uma vitória para a Iniciativa Liberal, é a data que equilibra todos os interesses em jogo. Seria um erro persistir num prazo eleitoral curto. Prevaleceu a ideia de que era preciso um calendário alargado para que todos pudessem, se assim o entenderem, apresentar as suas candidaturas e também para que todos possam conhecer bem as candidaturas e avaliar bem as propostas”, afirmou Rui Rocha, no final, em declarações aos jornalistas.

“Feliz” pelo resultado do Conselho Nacional, o candidato liberal considerou que com essa clarificação interna será possível abrir à porta ao crescimento e à afirmação do partido e garantir um “combate político" às políticas do PS que acusa de estarem a "condenar o país a mais anos de estagnação e dificuldades económicas”.

Apesar de ter assumido estar “confortável” com a realização da Convenção em dezembro, Carla Castro admitiu também estar “satisfeita” com o calendário definido e disse estar preparada para a nova fase. "Tinha dito que estava tranquila com qualquer uma das datas e que não ia propor qualquer data, como não ia votar no Conselho Nacional e foi o que aconteceu", vincou.

Carla Castro promete direção mais reduzida

A candidata à liderança da IL adiantou ainda que a sua lista para a direção terá o número mínimo exigido nos Estatutos do partido - 15 elementos incluindo a própria - com vista a um "modelo de gestão mais participativo, mais descentralizado e colaborativo".

Já o adversário disse que a sua lista terá entre 20 e 25 membros, considerando que essa dimensão é “necessária” para que a Comissão Executiva possa cobrir “diversas valências” e trazer "diversos conhecimentos e experiências" para a IL.

Na reunião magna, de janeiro, haverá oportunidade para os órgãos cessantes fazerem um “balanço do mandato e todas as candidaturas aos vários órgãos poderem apresentar os seus projetos e as suas listas”, explicou Mariana Leitão, presidente do Conselho Nacional.

Discussão de mais de 12 horas

A VII Convenção Nacional da IL irá eleger a composição dos órgãos sociais do partido para os próximos dois anos. Será aprovada a nova comissão executiva (direção) - na sequência da renúncia ao mandato de Cotrim de Figueiredo -, a moção de estratégia global e eleitos os membros do Conselho Nacional, do Conselho de Jurisdição e do Conselho de Fiscalização.

“Foi uma discussão muito ampla neste CN, a IL é sempre um partido de grande debate e onde há várias ideias”, acrescentou, justificando o facto de a discussão se ter prolongado por mais de 12 horas.

Em causa esteve uma análise a pente fino ao regimento da Convenção, com discussão e votação de várias propostas de alteração. Tal como o Expresso avançou, na véspera vários conselheiros já apontavam falhas ao documento, falando em “incongruências” e num trabalho “feito à pressa".

Rejeitada proposta para segunda volta

Até agora estão dois candidatos na corrida: Rui Rocha e Carla Castro, ambos membros da atual comissão executiva. Mas mais candidaturas poderão ser apresentadas até o próximo dia 6 de janeiro (15 dias antes da Convenção.)

Já os membros da IL podem inscrever-se para participar na Convenção até 15 dias antes da reunião magna. Por sua vez, os membros que constarão dos cadernos eleitorais são todos aqueles que tenham sido propostos até este domingo.

Durante os trabalhos, os conselheiros da IL rejeitaram uma proposta para a realização de uma segunda volta caso existam mais de dois candidatos à liderança. A votação será, assim, por maioria simples na moção de estratégia global apresentada por cada uma das candidaturas à comissão executiva.

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