Política

Ministro da Saúde: "A fatura com medicamentos vai ter que baixar"

Ministro da Saúde: "A fatura com medicamentos vai ter que baixar"
MÁRIO CRUZ/Lusa

Manuel Pizarro quer que seja imposto um limite global e que haja uma partilha de risco entre Estado e indústria. Recuperar atrasos decorrentes da Covid, só em finais de 2023

A fatura com medicamentos vai ter que baixar porque o país não pode suportar os aumentos que têm ocorrido nos últimos anos, afirmou o ministro da Saúde, em entrevista à Antena Um. Manuel Pizarro defende que se discuta com a indústria a revalorização dos preços de alguns medicamentos para garantir que o fornecimento se mantém, mas avisa que o Estado não está disposto a ter uma fatura que vai aumentar mais 10% em 2022, como aconteceu em 2021.

A imposição de um limite global é uma das medidas defendidas pelo sucessor de Marta Temido, que ainda preconiza uma partilha de risco entre Estado e indústria. As negociações começam já em novembro.

Recusando que haja qualquer desorçamentação nas contas da Saúde este ano - o sector tem “o maior Orçamento de sempre, 15 mil milhões” - o ministro alerta no entanto que este é "um Orçamento exigente mas com o qual acredita ser possível fazer o que quer fazer. Revela que tem uma almofada de 350 milhões para imprevistos mas alerta que não cobre situações como a pandemia.

Manuel Pizarro diz querer continuar a reduzir a dívida do SNS a fornecedores - que atualmente ronda os 2 mil milhões de euros - e aqui inclui como prioridade reduzir a dívivida à empresa de Trás os Montes que esta semana ameaçou deixar de fazer hemodiálise a 350 doentes.

Em matéria de contratações de médicos, o ministro anunciou a intenção de contratar todos os médicos de medicina geral e familiarnque estejam disponíveis e que estima serem entre 400 e 500. E para os hospitais prevê uma contratação de clínicos nunca inferior a 1000, confiando que com a nova direção executiva do SNS tudo será mais cérele.

Sem estar certo de que tenham ficado resolvidos todos os atrasos em consulta, exames e cirurgias resultantes da pandemia, Pizarro coloca como meta para lá chegar o final de 2023.

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