Política

TAP: BE defende “outro plano” que coloque companhia aérea “ao serviço” dos portugueses

TAP: BE defende “outro plano” que coloque companhia aérea “ao serviço” dos portugueses
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Catarina Martins salientou que, para o BE, a TAP “é estratégica, sim” e “precisava de um outro plano, um plano que a pusesse ao serviço das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, que a pusesse ao serviço de toda a economia portuguesa e de toda a população”

A coordenadora do BE defendeu esta quinta-feira um “outro plano” para a TAP, que coloque a companhia aérea “ao serviço” dos portugueses, e criticou que a empresa “deixe de ser estratégica quando chega a hora de a vender”.

“É muito difícil justificar que a TAP seja uma empresa estratégica para ter uma injeção do dinheiro dos contribuintes, e depois deixe de ser estratégica quando chega a hora de a vender e a entregar a outros interesses”, afirmou Catarina Martins em declarações aos jornalistas à margem de um encontro com imigrantes timorenses, em Lisboa.

A líder bloquista foi questionada sobre a possibilidade de o preço de venda da TAP ficar abaixo do valor que foi injetado pelo Estado na empresa, e começou por dizer que é preciso “perceber exatamente qual é a percentagem da venda, exatamente qual é o controlo público da TAP que fica”.

Catarina Martins salientou que, para o BE, a TAP “é estratégica, sim” e “precisava de um outro plano, um plano que a pusesse ao serviço das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, que a pusesse ao serviço de toda a economia portuguesa e de toda a população”.

Lamentando que “não tem sido esse o caminho seguido”, a coordenadora bloquista criticou que “estar sempre a limpar empresas com dinheiro público para depois entregar a interesses outros de multinacionais não tem sido um grande negócio para o país”.

Na quarta-feira, numa audição na Assembleia da República e quando questionado sobre o modo como a privatização da TAP será feita, o ministro das Infraestruturas voltou a dizer que o processo ainda não foi iniciado, pelo que não poderia adiantar detalhes, mas explicou que será feita uma avaliação “independente” dos 3.200 milhões de euros que o Estado injetou na companhia.

Hoje, o Dinheiro Vivo noticia que o preço da venda da totalidade da TAP poderá ser de cerca de dois mil milhões de euros.

Já no final de setembro, o primeiro-ministro afirmou que “só se fosse irresponsável” é que garantiria que o Estado não irá perder dinheiro na privatização da TAP, mas “espera que não”.

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