16 outubro 2022 8:11
tiago miranda
Orçamento deixa Portugal longe da meta de 1,66% do PIB. Ministra diz-se “empenhada” em honrar compromissos
16 outubro 2022 8:11
Marcelo Rebelo de Sousa, comandante supremo das Forças Armadas, disse, esta quinta-feira, que para ser “prioritária” a Defesa precisa de um “amplo consenso” político no domínio orçamental. Mas, segundo as contas do Expresso com base na proposta de Orçamento do Estado para 2023, o Governo dificilmente alcançará a meta de 1,66% do Produto Interno Bruto (PIB) com que António Costa se comprometeu em junho, na Cimeira da NATO de Madrid.
Nessa ocasião, o primeiro-ministro baixou as expectativas: sem ter fundos europeus para os gastos militares, Portugal não poderia atingir o compromisso de 2% do PIB com Defesa, estabelecido em 2014 na Cimeira de Gales (que no caso português seria de 1,98% do PIB em 2024). Para mostrar empenho, Costa anunciou que ia antecipar para 2023 a meta de chegar a 1,66% do PIB. Só que os dados disponíveis no OE 2023 tornam difícil o compromisso: segundo as contas do Expresso, a despesa dificilmente chegará a 1,4% do PIB para o ano, o que seria um retrocesso nos indicadores reportados à NATO.