As reações às palavras do Presidente da República acerca dos casos de abusos sexuais na Igreja foram quase consensuais entre os partidos, da esquerda à direita. Com duas vozes particularmente notórias e em direções opostas: a do Bloco de Esquerda e a de António Costa. E depois da defesa que o primeiro-ministro veio fazer do Presidente, o Bloco subiu ainda mais o ataque a Marcelo, colando-o ao Governo e associando a solidariedade do primeiro-ministro com o PR às dúvidas que Marcelo tem sobre a lei das incompatibilidades que enviou em nota para o Parlamento. "Uma mão lava a outra"?, pergunta o líder parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares, numa publicação nas redes sociais posterior à defesa que Costa veio fazer de Marcelo.
Esta tarde, o primeiro-ministro fez questão de defender o chefe de Estado, considerando não que as declarações foram “inaceitáveis”, mas sim a interpretação que delas foi feita. “Todos nós na vida política, por vezes, não usamos a melhor expressão”, reconheceu António Costa, em Viseu. Mostrando “solidariedade” com Marcelo, o primeiro-ministro criticou a “interpretação inaceitável que tem estado a ser feita das suas palavras”. “Não tenho a menor dúvida que a declaração não corresponde ao sentir do Presidente da República”, disse.
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: jdcorreia@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes