PSD marca debate de atualidade sobre privatização da TAP para quinta-feira
Montenegro já disse que o que tem sido feito na transprotadora aérea e “um crime político e financeiro”
O PSD marcou para quinta-feira um debate de atualidade sobre “a privatização da TAP”, depois de o presidente do partido já ter acusado o Governo de “um crime político e financeiro” na transportadora área nacional.
No último debate com o primeiro-ministro no Parlamento, em 29 de setembro, questionado pela Iniciativa Liberal, António Costa disse esperar que a privatização da TAP ocorra nos próximos doze meses, afirmando que “só se fosse irresponsável” é que garantiria que o Estado não irá perder dinheiro na transação, embora dizendo esperar que tal não acontecesse.
Dois dias depois, o presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou que o que foi feito na TAP “foi um crime político e financeiro”, considerando que a vontade do Governo de privatizar a companhia, depois de a renacionalizar, não pode passar incólume.
Para o líder social-democrata, os cidadãos devem olhar para este caso “e tirar ilações na perspetiva da gestão de recursos públicos” e das consequências das decisões “que os governantes tomam”.
“Diziam-nos que a TAP era estratégica, que a TAP tinha de estar nas mãos do Estado, porque não podíamos deixar de ter uma companhia de bandeira”, apontou, salientando que em 2016 o Governo “herdou uma TAP com a maioria do capital nas mãos de privados” e em processo de privatização, tendo optado depois por seguir pela via da renacionalização.
Luís Montenegro recordou ainda os mais de três mil milhões de euros de ajuda do Estado à TAP na sequência da pandemia.
“Depois de terem injetado tanto capital, afinal já acham que a saída é reprivatizar a TAP? Mas esta gente anda a brincar à governação? Anda a brincar com o nosso dinheiro? Estes três mil milhões serviam, por exemplo, para que não houvesse cortes de pensões durante, pelo menos, três anos”, vincou.
O debate de atualidade de quinta-feira vai ter uma duração de cerca de hora e meia, organizado em duas voltas, sendo aberto pelo partido que o propõe, seguindo-se a resposta do Governo e pedidos de esclarecimentos de todos os grupos parlamentares e deputados únicos.
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