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PCP prepara mudança: reforça direção e valoriza “novos protagonistas”

PCP prepara mudança: reforça direção e valoriza “novos protagonistas”
ANTÓNIO COTRIM/Lusa

Reunião extraordinária entre Congressos vai fazer uma “avaliação rigorosa da realidade” e analisar as “dificuldades, insuficiências e atrasos” que o partido tem de superar. Em cima da mesa está ainda a necessidade de “reforço das estruturas de direção”, nomeadamente na direção central e nacional do PCP e a perspetiva de colocar “nas mãos de mais militantes a responsabilidade de serem protagonistas e construtores do partido”. A sucessão de Jerónimo de Sousa começa a ser preparada

A Conferência Nacional do PCP, marcada para o próximo mês de novembro, já tem uma moção estratégica que, esta semana, foi divulgada para discussão em todas as estruturas de organização de base do partido. O texto assume “dificuldades, insuficiências e atrasos” na linha seguida - que, só no último ano, conduziu o partido a dois desaires eleitorais consecutivos - abrindo a porta à necessidade de “reforço das estruturas de direção”, incluindo a direção nacional do partido. Nem uma linha sobre a substituição do secretário geral, mas a ideia de que são precisas mudanças internas para enfrentar um quadro político “negativo” dá um sinal claro de que há alterações à vista.

A convocação deste “orgão superior de direção” não é inédita na história dos comunistas, mas o ‘timing’ escolhido não pode deixar de ter uma forte leitura política: primeiro, porque a convocatória do comité central do PCP surgiu, precisamente, depois do desaire eleitoral das Legislativas (que se seguiu a uma perda acentuada de votos nas eleições autárquicas). Segundo, porque a Conferência vai ocorrer precisamente a meio do atual mandato da direção, eleita em Congresso em novembro de 2020 por um período de quatro anos e até nova reunião magna do partido.

A urgência na tomada de medidas e na mudança de rumo, não se compadece com uma espera até 2024, tanto mais que as campainhas de alarme soaram em janeiro, quando uma intervenção cirúrgica de urgência, a uma artéria do coração, forçou o secretário geral do PCP a interromper a última campanha eleitoral do partido às Legislativas.

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