23 setembro 2022 23:24

ana baiao
Quase a iniciar conversações para renegociar importantes contratos de mecenato, Joaquim Caetano mostra insatisfação e arrisca afastar-se da liderança de um dos principais museus nacionais
23 setembro 2022 23:24
A aguardar a abertura do concurso para a direção do MNAA — o único que falta para concluir a renovação das direções dos 26 museus, monumentos e palácios com gestão direta da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) —, Joaquim Caetano, diretor desde 2019, pondera abandonar a liderança de um dos mais importantes museus do país. “A decisão de candidatura será tomada de acordo com o quadro legal definido na altura do concurso. O meu compromisso com a anterior ministra [Graça Fonseca] foi de aceitar o cargo em regime de substituição até à abertura do concurso, o que espero cumprir”, afirmou.
Joaquim Caetano já perdeu a qualidade de subdiretor-geral do Património Cultural. Segundo o gabinete de Pedro Adão e Silva, a prática iniciada em 2012 de o diretor-geral delegar competências de gestão do MNAA num dos seus subdiretores-gerais tinha por objetivo “tão-só e apenas, manter a remuneração de subdiretor-geral ao diretor do MNAA”. O que ficou formalizado com o decreto-lei de 2019, que aprovou a autonomia de gestão dos museus e consagrou a equiparação para efeitos remuneratórios, “o que se justifica pela importância do MNAA no panorama museológico nacional”.