22 setembro 2022 23:25

Apoio da população à resistência ucraniana é maioritário, mas 32% admitem ceder à Rússia para acabar com a guerra, mostra a sondagem ISCTE/ICS. Entre os mais vulneráveis, a maioria já é outra
22 setembro 2022 23:25
“A guerra vai ter custos enormes para a vida de todos”, avisou Marcelo Rebelo de Sousa em março, pouco depois de Vladimir Putin ter dado ordem de invasão da Ucrânia. Passaram sete meses desde esse dia, o aumento dos preços estendeu-se a bens essenciais e a todo o mundo, o impacto nas economias — e nas famílias — tornou-se palpável. Em Portugal, passado este tempo, quase um terço dos portugueses assume uma posição contracorrente: “Seria melhor que a guerra terminasse o mais depressa possível, mesmo que isso implique ceder às exigências da Rússia e as suas consequências.” Foi esta a resposta de 32% dos inquiridos na sondagem do ICS/ISCTE, realizada para o Expresso e SIC, que quis medir o sentimento das famílias face à evolução do conflito na Europa.
A resposta estava em confronto com outra, a que responderam (ainda) mais de metade dos inquiridos, 54% deles: “Seria melhor que a Ucrânia continuasse a resistir à Rússia, mesmo que isso implique prolongar a guerra e as suas consequências.”