18 setembro 2022 16:28

sérgio azenha
Para o Bloco de Esquerda, contestação nas ruas é questão de tempo. Chamar ou não austeridade a medidas do Governo “é discutir eufemismos”
18 setembro 2022 16:28
Com o pacote de medidas anti-inflação que apresentou, o Governo está “a servir como amplificador do descontentamento” da sociedade. E o caminho pode fazer o país regressar às grandes mobilizações de rua dos anos da troika. “Ainda não estamos nesse ponto”, reconhece Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda. Mas considera que agora é decisivo o fator tempo. E o que se faz com ele. “As dificuldades que estão a ser introduzidas na vida das famílias de forma brusca tendem a materializar-se rapidamente” nas ruas, diz ao Expresso.
Com o xadrez político alterado pela maioria absoluta, o Parlamento perdeu centralidade — e o Bloco também. A mobilização da opinião pública é agora um dos meios que sobram, cuja força ficou provada para os bloquistas pelo recuo do Governo na contratação de Sérgio Figueiredo para o Ministério das Finanças de Fernando Medina.