O PCP considerou hoje que o pacote de medidas apresentado pelo Governo para apoiar as empresas é “insuficiente” e registou a “resistência” por parte do executivo em taxar os lucros extraordinários dos grupos económicos.
Em reação no parlamento às medidas aprovadas hoje em Conselho de Ministros, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, considerou que o Governo apresentou um pacote de apoio “insuficiente”, que não teve em consideração “as micro, pequenas e médias empresas” e “não avança com medidas concretas” para fixar os preços da energia.
“Não fixar e tabelar os preços significa na prática a subsidiação dos grupos económicos do setor energético. Não travar o aumento de preços significa que os apoios podem ser consumidos com o continuado aumento dos preços”, advogou.
Paula Santos registou ainda “a resistência por parte do Governo em tributar os lucros [extraordinários] dos grupos económicos”, medida defendida pelos comunistas.
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, anunciou hoje um pacote de medidas de mais de 1.400 milhões de euros para apoiar as empresas face ao aumento de custos com a energia, incluindo uma linha de crédito.
Em conferência de imprensa hoje, em Lisboa, o governante deu conta de várias medidas, desde uma linha de crédito de 600 milhões de euros, o alargamento de apoios a indústrias de consumo intensivo de gás, apoios à formação, medidas de aceleração da eficiência e transição energética, fiscais, entre outras.
As medidas ultrapassam os 1.400 milhões de euros, de acordo com António Costa Silva.
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