Sem grandes rasgos ou novidades, o debate centrou-se na defesa do pacote por PS e Governo e nas críticas da oposição. As duas grandes arenas da argumentação foram ocupadas por PS e PSD e por antigos parceiros de geringonça
Para provar que não há “truques” no pacote de medidas anti-inflação, os deputados e governantes socialistas recorreram a um truque da política recente: recordar os anos de chumbo da troika. Foi essa uma das armas de arremesso no debate desta quarta-feira sobre “o aumento do custo de vida e dos lucros dos grupos económicos e o agravamento das desigualdades”, pedido pelo PCP.
Pela voz dos seus deputados e governantes presentes, o PS demorou-se em constantes bate-bocas com o PSD e com os antigos parceiros da esquerda, ora porque o primeiro não teria moral para falar em austeridade, ora porque o PCP e o BE optaram por “saltar do barco e fazer política de terra queimada”. Ana Catarina Mendes, ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, defendeu as medidas em contraponto com um cenário em que o PSD estivesse, neste momento, a governar. “O Governo volta a escolher o caminho do reforço dos rendimentos. Momentos houve em que, com o PSD no governo, a primeira palavra era corte. Agora a primeira palavra é aumento.”
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