Política

Crise/inflação: PSD concorda com a parte da leitura de Marcelo que elogia a ação do partido

Crise/inflação: PSD concorda com a parte da leitura de Marcelo que elogia a ação do partido
Nuno Botelho

“O PSD forçou o Governo a acelerar um programa que já devia ter sido iniciado há uns meses”, acentuou Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD

O líder parlamentar do PSD afirmou esta terça-feira concordar com a parte da leitura que o Presidente da República fez sobre o pacote de apoios sociais do Governo relativamente à ação dos sociais-democratas para a antecipação de medidas.

Joaquim Miranda Sarmento falava em conferência de imprensa, depois de interrogado se o PSD concorda com a leitura feita pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, relativamente ao pacote de apoios sociais apresentado na segunda-feira à noite pelo primeiro-ministro, António Costa.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que alguns setores gostavam que se fosse mais longe em termos da dimensão dos apoios sociais, mas considerou o programa do Governo equilibrado, sobretudo face aos constrangimentos ao nível das contas públicas nacionais e à incerteza da evolução internacional, e elogiou o papel desempenhado neste tema pelo PSD.

“Concordei com a parte que, de facto, o papel do PSD foi muito relevante e que o PSD acabou por ser uma peça importante na atuação do Governo e na antecipação das medidas. O Governo já as deveria ter tomado muito antes”, respondeu o líder parlamentar social-democrata.

Antes, Joaquim Miranda Sarmento já tinha classificado como “muito importante” a atuação do PSD nos últimos meses ao “pedir um programa de emergência social” e, depois, no último mês, “apresentando as suas medidas”.

“O PSD forçou o Governo a acelerar um programa que já devia ter sido iniciado há uns meses”, acentuou.

Interrogado se o PSD partilha o objetivo de Portugal promover uma rápida redução da dívida, numa conjuntura de aumento das taxas de juro, o líder parlamentar social-democrata disse que o seu partido concorda com esse objetivo de consolidação orçamental com redução do défice.

“São objetivos muito relevantes e o PSD sempre teve isso na sua marca. No entanto, aquilo que o PSD propôs é sobre o excedente de receita cobrada face à previsão do Orçamento do Estado] para 2022”, justificou Joaquim Miranda Sarmento.

O líder parlamentar do PSD apontou depois que, de acordo com os dados de julho, “o Governo está já a cobrar cerca de quatro mil milhões de euros a mais do que aquilo que previa cobrar no Orçamento para o mesmo período”.

“Aquilo que o PSD propôs, do ponto de vista do excedente de receita, era canalizar uma parte, quer para as famílias com menores rendimentos, quer também para a classe média”, acrescentou.

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