Eram 5h da manhã quando o despertador tocou nos vários quartos de uma unidade hoteleira do Fundão. A noite anterior tinha sido longa, com um exercício de simulação de “debate parlamentar britânico”, onde cada um tinha de defender uma posição e o seu contrário, e tinha terminado já perto das 2h da manhã. Alvorada, é hora de novo exercício: gestão de crise.
Rita Sousa está num quarto com mais três colegas e recebe instruções: um incêndio de grandes dimensões deflagrava no país e os jornalistas estavam lá em baixo, no átrio, à espera de uma reação do Ministério da Administração Interna. Em poucos minutos, a equipa de cada quarto tinha de se vestir, distribuir papéis, informar-se sobre o tema, construir a narrativa e descer para enfrentar as perguntas da comunicação social. Por instantes, Rita Sousa, jovem de 22 anos natural de Almada, que começou por estudar engenharia eletrotécnica e está agora a terminar o curso de Direito, é a ministra da Administração Interna, enquanto os três colegas de quarto são adjuntos e assessores.
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