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Política

António Costa deixa demissão nas mãos de Pedro Nuno Santos, que não foi ao Conselho de Ministros

A crise entre Costa e Pedro Nuno Santos por causa do aeroporto não foi falada na reunião do PSD desta terça-feira
A crise entre Costa e Pedro Nuno Santos por causa do aeroporto não foi falada na reunião do PSD desta terça-feira
MIGUEL A. LOPES

O primeiro-ministro frisa que a sua opinião é a do comunicado oficial. Texto que desautoriza o ministro das Infraestruturas, mas não o demite, para já. Pedro Nuno não foi ao Conselho de Ministros

António Costa deixa demissão nas mãos de Pedro Nuno Santos, que não foi ao Conselho de Ministros

Liliana Valente

Coordenadora de Política

Para já, o primeiro-ministro mantém o ministro das Infraestruturas em funções e deixa nas mãos de Pedro Nuno Santos uma decisão. Ao que o Expresso apurou, pelo menos nesta altura, António Costa pretende deixar ao seu ministro uma decisão sobre as condições que tem para se manter no cargo.

Oficialmente, António Costa, que estava em Madrid para a Cimeira da NATO, recusa pronunciar-se sobre uma eventual saída do ministro: "Não comento sobre questões nacionais fora de Portugal”, disse Costa, lembrando esta “regra”. Regra para a qual, "desta vez, não há exceção". Mas também disse mais, disse que estará em Portugal em breve e que "se for necessário" dirá "mais qualquer coisa" do que o que foi dito no comunicado.

Este "se for necessário" significa que Costa não tomou a decisão de demitir Pedro Nuno Santos e deixa essa avaliação para o ministro das Infraestruturas e Habitação. Uma informação avançada ao Expresso por fonte do Governo que referiu que "há muitas vias" para resolver a questão política e que "todos os atores avaliarão as condições" e que "o primeiro-ministro já avaliou e fez o comunicado" . O que era importante, refere a mesma fonte, "era pôr as coisas no caminho" que tinha ficado decidido. E esse caminho é o de procurar um consenso com o PSD para a solução para o novo aeroporto de Lisboa.

Tal como o Expresso avançou, fonte governamental informou que "desconhecia o despacho" publicado pelo Ministério das Infraestruturas, que decidia pela solução temporária do Aeroporto do Montijo e colocava Alcochete como solução estrutural.

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