31 março 2022 23:20

Marcelo vai discursar no encerramento da Conferência dos Oceanos
Marcelo ameaçou com eleições antecipadas em 2026 se Costa saísse em 2024. Mas o primeiro-ministro "não será candidato a qualquer cargo europeu em 2024”, garante ao Expresso uma fonte próxima. O sonho de rumar a um cargo de topo da UE fica para depois. Mas para o PR fica um recado: "Gostou muito de ouvir o PR atribuir-lhe uma legitimidade que até agora só o Presidente tinha"
31 março 2022 23:20
A decisão está tomada: “Para o primeiro-ministro, é óbvio desde 30 de janeiro que não será candidato a qualquer cargo europeu em 2024”, garante ao Expresso uma fonte próxima de António Costa. Porém, se Marcelo decidiu deixar o ultimato no dia da posse do Governo de maioria, Costa terá registado com satisfação o modo como decidiu fazê-lo, acrescenta a mesma fonte: “Gostou muito de ouvir o Presidente atribuir-lhe uma legitimidade que até agora só o Presidente da República tinha: a de ter sido eleito pessoal e diretamente pelos portugueses.”
A resposta ao Expresso deixa várias conclusões nas entrelinhas. A primeira é que Costa estará não só disposto a cumprir o mandato integralmente como disponível a assumir esse compromisso perante o país. Fará, assim, três mandatos e mais de 10 anos como chefe de Governo, evitando a ameaça que Marcelo fez pairar sobre a legislatura: se Costa rumasse a um cargo europeu, não aceitaria deixar o poder a outro socialista, convocaria eleições. Seria um evidente problema para o PS, obrigado a fazer uma sucessão e a ir a eleições logo a seguir.