“Não é necessário” haver eleições, diz Vasco Cardoso, membro do comité central do PCP
PCP nunca teve “ilusões relativamente ao governo e ao PS”, mas isso não impediu o partido de “procurar momentos e pontos de convergência”
PCP nunca teve “ilusões relativamente ao governo e ao PS”, mas isso não impediu o partido de “procurar momentos e pontos de convergência”
Vasco Cardoso, membro da comissão política e do comité central do PCP que esteve presente nas negociações da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE22), diz, em nome do partido, “não ser necessário” ir a eleições. “Nós não andámos ainda a falar de eleições e não sabemos se vai haver eleições, até pensamos que não é necessário”, esclarece em entrevista ao “Diário de Notícias” e à “TSF”.
Para Vasco Cardoso, o “necessário são respostas”. “Essas respostas podem ser tomadas mesmo não havendo, para já, OE. Nós temos estado concentrados nessas respostas ao país. Quando alguns procuraram saltar etapas e de certa forma criaram um elemento de desestabilização e de crise, o PCP esteve sempre concentrado nas respostas aos problemas das pessoas.”
Vasco Cardoso diz, ainda, que o PCP, enquanto viabilizou um governo junto do PS, nunca teve “ilusões relativamente ao governo” nem “ilusões relativamente ao PS”. “Isso não nos impediu de procurar momentos e pontos de convergência, designadamente entre 2015 e 2019, para recuperar direitos e rendimentos que tinham sido usurpados ao povo português durante o período da troika, e isso foi possível, e até avanços novos, mas sem a ilusão de que o PS pudesse em algum momento dar as respostas que isoladamente nunca tinha dado”, diz.
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