Autárquicas. CNE considera que orçamentos participativos são ilegais em ano eleitoral, mas há 51 câmaras a promovê-los
Comissão Nacional de Eleições considera que iniciativa pode servir para “promoção” dos autarcas
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considera que a realização de orçamentos participativos em período próximo de eleições autárquicas não é "admissível", uma vez que viola a lei da publicidade comercial. Segundo o “Jornal de Notícias”, 51 câmaras promovem-nos em 2021.
Na perspetiva da CNE, os orçamentos participativos podem servir para a “promoção” dos autarcas em funções. “Não somos nós que o dizemos, é a lei”, diz o porta-voz da Comissão, João Machado. Autarcas com a iniciativa em curso acusam CNE de “desconhecer o terreno”.
Segundo o mesmo jornal, 123 câmaras (de 308) responderam se promoveram ou não orçamentos participativos - 76 fizeram-no, das quais 51 este ano. O organismo realça que os orçamentos participativos vão prolongar-se “pelo período eleitoral e, eventualmente, pelo mandato seguinte” e, por isso, acredita que não cumprem o dever de “imparcialidade”.
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