Política

Lobo d'Ávila e mais dois elementos demitem-se da direção do CDS

Francisco Rodrigues dos Santos e Filipe Lobo d'Ávila, presidente e vice-presidente no encerramento do congresso
Francisco Rodrigues dos Santos e Filipe Lobo d'Ávila, presidente e vice-presidente no encerramento do congresso
Rui Duarte Silva

Membros do grupo Juntos pelo Futuro, que vale quase 15% do partido, abandonam a Comissão Executiva e deixam Rodrigues dos Santos sem maioria interna. Crise agudiza-se com a saída do primeiro vice-presidente

Está consumada a rutura. Filipe Lobo d'Ávila, primeiro vice-presidente do CDS, demitiu-se esta quarta-feira à noite da Comissão Executiva do partido, levando consigo mais dois membros da direção de Francisco Rodrigues dos Santos. Ao Expresso, o até aqui número dois dos democratas-cristãos é lacónico: "Confirmo que me demiti."

Segundou confirmou o Expresso junto dos próprios, também Raúl Almeida e Isabel Menéres Campos (que já tinha pedido para sair) decidiram abandonar o órgão de cúpula dos centristas, insatisfeitos com o caminho que tem vindo a ser seguido pelo atual presidente.

As três baixas dos elementos pertencentes ao grupo Juntos pelo Futuro (que obteve 14,45% dos votos no último Congresso) confirmam assim um divórcio que há algum tempo se anunciava - e de que o Expresso deu conta ainda antes do último Conselho Nacional do CDS. E fragilizam ainda mais a liderança de Rodrigues dos Santos.

As saídas surgem na mesma semana em que Adolfo Mesquita Nunes pediu um Congresso extraordinário para que os centristas mudem de vida (de presidente, leia-se) e em que também Nuno Melo mostrou, em entrevista ao "Público" e à Rádio Renascença, estar disponível para ser candidato à liderança, embora só daqui a um ano.

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