Política

Augusto Santos Silva diz que é motivo de orgulho aprovação do Orçamento do Estado sem os votos da direita

8 fevereiro 2020 19:25

Isabel Paulo

Isabel Paulo

Jornalista

jose manuel ribeiro / getty

Na apresentação da recandidatura de Manuel Pizarro à Distrital do PS do Porto, ministro dos Negócios Estrangeiros acusou o PSD de irresponsabilidade na proposta de redução da taxa do IVA da eletricidade e afirma que conversa das contas certas de Rui Rio "é fingimento"

8 fevereiro 2020 19:25

Isabel Paulo

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Jornalista

Augusto Santos Silva afirmou este sábado, na cerimónia de recandidatura do eurodeputado à Federação Distrital do PS do Porto, ser “um motivo de orgulho” o Orçamento do Estado ter sido aprovado com os votos contra do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega. O alvo maior das críticas do ministro dos Negócios Estrangeiros foi “o comportamento irresponsável do PSD” na proposta de redução do IVA da eletricidade de 23% para 6% para consumo doméstico e que acabou por retirar, após terem sido chumbadas as contrapartidas apresentadas no Parlamento.

“O PSD deu cambalhotas e cambalhotas sucessivas na votação do Orçamento do Estado do IVA da luz, ao contrapor poupanças de € 8 milhões dos gabinetes ministeriais para cobrir uma despesa fiscal de € 800 milhões”, advertiu. A “conversa das contas certas” dos sociais-democratas e de Rui Rio é, para Augusto Santos Silva, um “fingimento da direita".

“O fingimento das contas certas já se sabia no Porto, agora ficou a saber-se no país”, sublinhou, aludindo ao tempo em que o líder do PSD presidiu à Câmara do Porto.

O mandatário de Manuel Pizarro às eleições do partido no Distrito do Porto, no próximo dia 14 de março, garantiu que o Governo “não tem a obsessão do excedente orçamental” , mas do equilíbrio orçamental. Num discurso marcado pelos elogios aos feitos do Governo, da redução das taxas de desemprego, ao maior investimento na saúde e educação, Santos Silva louvou ainda o contributo da maior federação socialista do país para o Governo e as políticas públicas, “indispensável nos grandes momentos políticos do PS”.

Por último, numa piscadela de olho ao Porto, chamou “a atenção especial” da Distrital e do Governo ao tema da descentralização, defendendo políticas territoriais para favorecer a economia real do país.