Costa deixa cair esquerda na Lei Laboral... mas negoceia com ela na Saúde

O acordo à esquerda sobre a nova Lei de Bases da Saúde está previsto para os próximos dias, dependendo apenas de “afinação de palavras”. Mas no que respeita à legislação laboral, o acordo à esquerda é já visto como “impossível”, assume ao Expresso uma fonte do núcleo político do Governo, para quem “PCP e Bloco criaram uma divergência artificial” sobre a revisão das leis do trabalho, com fins meramente eleitorais.

Artificial não foi a divergência que existiu entre Governo e bancada parlamentar do PS. Os socialistas, com Carlos César à cabeça, nunca esconderam o descontentamento pelo facto de a revisão do código laboral ter sido feita nas costas dos deputados e em sentido inverso ao que vinha sendo discutido com BE e PCP. Um ano depois, os deputados entregaram no Parlamento algumas medidas paliativas, como a definição uma norma antiabuso para o período experimental restrições nos contratos de muita curta duração: era a solução possível, não a ideal, para engolir um novo código laboral com a chancela de Vieira da Silva. Já não havia mais margem ou tempo para negociar.

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