O CEO é o limite

Liliana Laporte, vice-presidente global de vendas da Playstation: "Tem de existir nas empresas e nas lideranças margem para o erro"

Liliana Laporte, vice-presidente global de vendas da Sony Interactive Entertainment, detentora da Playstation, é a 13ª convidada do podcast “O CEO é o limite”. Uma conversa sobre os desafios de gerir uma marca que atravessa gerações, inclusiva, com equipas diversas e que têm na felicidade uma ferramenta de gestão para a criatividade, tão essencial ao negócio

Liliana Laporte, vice-presidente global de Vendas da Sony Interactive Entertainment, detetora da Playstation, para a região EMEA
Nuno Fox

“É verdade que se pode ser feliz a trabalhar em qualquer coisa, mas trabalhar em algo capaz de gerar felicidade aos outros é um privilégio. É também uma responsabilidade, mas torna tudo mais fácil”. Quem o diz é Liliana Laporte, vice-presidente global de Vendas da Playstation para a região da Europa, Médio Oriente, África e Índia. A mesma Liliana que em jovem juntou dinheiro para comprar a sua primeira consola - uma Atari, em segunda mão -, longe de imaginar que um dia estaria na liderança de vendas de um gigante mundial do gaming.

Percorreu esse caminho com dedicação, mas também com “sorte”. Formou-se em Gestão e Administração de Empresas, na Universidade Católica, iniciou a carreira no Grupo Jerónimo Martins, que deixou para integrar a marca cervejeira holandesa Heineken, como diretora de Negócios e Inovação. Estava longe de imaginar o que a esperava quando, em 2005, recebe a chamada de um headhunter a falar-lhe de uma posição interessante na indústria do entretenimento.

Decidiu arriscar e ficou. Há 18 anos que soma cargos de liderança e desafios sucessivos na detentora da Playstation, primeiro em Portugal, depois na direção ibérica e mais tarde como diretora-geral para a região do Mediterrâneo, Adriático e Balcãs. Durante a pandemia, a empresa colocou no mercado a PS5, enfrentando constrangimentos de produção devido à escassez de matérias-primas.

Foi esta a sua prova de fogo? Não, diz, “todos os dias nos levantamos com a ideia de que a nossa próxima prova de fogo vai começar”. E para Liliana é assim que tem de ser. E neste caminho “tem de existir nas empresas e nas lideranças, margem para o erro”. Para a gestora, as equipas que lidera, em vários países, têm a vantagem de ser “equipas diversas, em termos de género, percurso, cultura, formação de base, e de pessoas felizes a trabalhar para a felicidade dos outros”. A sua missão é inovar e “inovar significa poder falhar. Sem isso nenhuma equipa tem capacidade para continuar a gerar coisas diferentes”, defende.

Desde 2021 que tutela, como vice-presidente, a área de Vendas da empresa na região EMEA e no mercado indiano. Mas, mais do que isso, tem nas mãos a responsabilidade de pensar como estruturar as equipas do futuro e “dotá-las das ferramentas necessárias para inovar e permitir à Playstation continuar a cumprir a sua missão no futuro”. E esta, realça, “é das missões mais bonitas que já tive”.

Mário Henriques

O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cmateus@expresso.impresa.pt

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