1979: mulheres e Saúde. Temido, Isabel Vaz e o 'não' da Luz às PPP
Marta Temido e Isabel Vaz vieram ao Liberdade para Pensar falar de Saúde e de mulheres. São uma espécie de parceria público-privada que a pandemia consolidou e à dupla juntou-se Álvaro Beleza, presidente da Sedes e médico, que puxou pela urgência de olhar para o sistema como um todo
A ex-ministra da Saúde é fervorosa adepta da saúde pública, mas chega ao pós-pandemia com um indiscutível 'Sim' às PPP. E a CEO do grupo Luz Saúde soma anos de experiência no setor privado onde, sem preconceitos, alerta para a dimensão negócio, mas diz 'Não' a novas parcerias. No fim da história, já ninguém acredita no sonho lindo de António Arnaut, que em 79 quis um SNS universal e absolutamente gratuito.
Mário Henriques
No ano em que Maria de Lurdes Pintassilgo foi primeira-ministra em Portugal e Margaret Thatcher em Londres, também se falou de mulheres. E do "paternalismo" e "condescendência" com que os homens as acolhem em lugares de poder. Isabel Vaz diz que às vezes enganam-se "e levam uma dentada". Álvaro Beleza não desmente. E Marta Temido fala de dificuldades das mulheres na política.
Em 1979 Gloria Gaynor marcou na música, e este episódio termina ao som de 'I will survive'.
Mas o ano teve mais que se lhe diga. Por cá, houve governos de iniciativa presidencial e a estreia da AD, enquanto o FMI nos vigiava a economia. E lá fora, houve mudanças geoestratégicas que ainda hoje marcam o mundo. No Irão, a teocracia islâmica chegou ao poder. A União Soviética invadiu o Afeganistão. E João Paulo II fez uma visita à Polónica que antecipou o fim do regime comunista.
Os televisores passaram a ter telecomando. E a Sony lançou o Walkman. Nunca mais deixámos de andar de phones.
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