Entre o cenário sobre a sustentabilidade da Segurança Social apresentado há cerca de três semanas pelo Governo (e que levou o Bloco de Esquerda aos arames) e o cenário que agora atualiza na proposta de Orçamento do Estado para 2023, há tendências que se mantêm, mas desfechos que destoam muito entre si.
É certo que, mais ano, menos ano, algures na década de 2030, o sistema previdencial passa a ser deficitário, e que, mantendo-se tudo o resto constante, será necessário lançar mão do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFF). O que não coincide entre as contas é a velocidade a que a chamada “almofada das pensões” se esgotará. No cenário apresentado há poucas semanas, o fundo começaria a ficar exangue na década de 2040 até se esvair em 2050. Agora, no novo cenário que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2023, a almofada não só não se extingue, como chegará a 2060 com um pé-de-meia superior ao deste ano e do próximo.
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