O parecer é a versão Gold da opinião. É a opinião em trajes de cerimónia. Melhor: é a opinião de farda e gravata. Cheia de autoridade. Um parecer bem parecido é como aquelas cartas do Monopólio: “Você está livre da prisão”
Quando um ministro se vê em apuros ou lobriga no horizonte nuvens borrascosas sabe bem o que tem de fazer: pedir um parecer. “Ó, chefe! Traga-me aí um parecerzinho, se não se importa. E já agora, outro aqui para a minha colega da Coesão, bem passado.” E lá vem o parecer ainda a fumegar, suculento, pronto a livrar o requerente das enleantes teias tecidas pela mistura de política, negócios e famílias. Este caso concreto é uma vergonha? Seria, mas segundo o parecer não é. Talvez uma meia-vergonha ou uma pouca-vergonha, dúvida que só com outro parecer poderia ser esclarecida.
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