O comentador Marcelo Rebelo de Sousa (M.R.S.) constitui, pelo seu recente comportamento, uma ameaça à credibilidade da instituição da Presidência da República e ao futuro de Portugal. Começo com uma declaração de interesse: votei em Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais de 2016 e de 2021. Nas duas ocasiões, estava convicto de que a sua eleição poderia ser importante para o futuro país. O problema é que, em vez de um Presidente da República, elegemos um comentador com urgência pessoal e compulsão para se pronunciar, instantaneamente, sobre tudo.
Há duas semanas, no final do último jogo de preparação da seleção nacional de futebol contra a Nigéria, M.R.S. teceu uma série de considerações sobre a equipa portuguesa e, sem que ninguém o tivesse questionado sobre o assunto, afirmou: “O Catar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal... mas, esqueçamos isto. É criticável, mas concentremo-nos na equipa.” Estas suas afirmações e a forma como as justificou, em Portugal e em Doha, revelam um problema grave e persistente.
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