26 maio 2023 0:24
26 maio 2023 0:24
Deparei-me com a conferência na última edição da revista “The Economist”. A coluna ‘Charlemagne’ debatia com algum detalhe os três dias do encontro Beyond Growth, que se realizou na semana passada no Parlamento Europeu. Evento por onde passou até Ursula von der Leyen. Na agenda estavam temas como energia, sustentabilidade, emprego ou ambiente. O tópico dominante era, no entanto, o decrescimento: a ideia de que, para proteger o ambiente, as economias devem produzir menos e viver com menos. A narrativa tem décadas e foi discutida a partir de diversos ângulos, vários dos quais bastante válidos, como as limitações do PIB enquanto medida de bem-estar, a necessidade de incorporar a natureza nos objetivos da política, a escassez dos recursos ou a desigualdade na distribuição do rendimento. O problema é quando se chega à ideia de querer encolher o PIB. Parece estapafúrdio, para dizer o mínimo, num mundo com mais de mil milhões de pobres, onde até em economias ricas, como a portuguesa, há milhões em risco. Produzir menos é ter menos bens e serviços disponíveis. E menos dinheiro no bolso para pagar rendas ou comprar comida.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.