O ‘estupor’ do SNS

Sou de uma geração que se formou pouco tempo antes do 25 de Abril, que herdou a luta de colegas mais velhos pelas carreiras médicas, que aprendeu a trabalhar em equipa nos hospitais públicos. Nesse tempo, não passava pela cabeça de nenhum de nós prescindir desses hospitais para aprender. Tínhamos orgulho em lá trabalhar, assim como tivemos em sermos os primeiros a fazer o Serviço Médico na Periferia. Encontrar centenas de pessoas que nunca tinham medido a tensão arterial, mulheres que nunca tinham feito um exame ginecológico, porque não havia médicas e não aceitavam que um homem lhes colocasse um espéculo. Foi o embrião do SNS atual.

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