António Costa não faz declarações; afirma dogmas e postulados a que responde ele próprio. Tudo o resto, pouco ou nada interessa, face ao que postulou. Não é o primeiro, nem será o último, mas é dos mais exímios nesta arte de engano. Curiosamente, a mesma que Cavaco utiliza – e que o PS critica de forma indecente… mas não responde
Ora vamos lá a ver, bordão preferido do primeiro-ministro. Quando algo importante desaparece, é necessário chamar as autoridades. Esta foi uma das frases que Costa disse aos jornalistas que o indagavam sobre os acontecimentos do Ministério das Infraestruturas, a sua participação neles, e o seu conhecimento, uma vez que é hierarquicamente responsável pelos serviços de informação. Fiquemo-nos por aqui e vejamos: a premissa que permite o postulado é que algo desapareceu, a referência é ao computador confiado a Frederico Pinheiro, que aliás não desapareceu. Estava na secretária dele, embora aparentemente vigiado por elementos do gabinete de Galamba. No meio de peripécias, cuja verdade objetiva não pôde ainda ser apurada, o ex-adjunto conseguiu levar o computador com ele, aparentemente com a ajuda de autoridades, neste caso a PSP.
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