12 maio 2023 0:36
O abuso pela banca é a triste sina que nos está marcada na pele como um ferrete de servidão. Eles voltaram e, protegidos pela internacionalização do capital, fazem o que querem
12 maio 2023 0:36
O Presidente queixou-se, o Governo manteve silêncio, como seria de esperar (se descontarmos o esbracejar sobre o aumento das taxas de juro, mas de molde a não incomodar o BCE com essas minúcias), só que a conjugação entre os lucros da banca e a generosidade dos prémios dos administradores destapou um dos nossos fantasmas nacionais. O abuso pela banca é a triste sina que nos está marcada na pele como um ferrete de servidão. Eles voltaram e, protegidos pela internacionalização do capital — dos quatro principais bancos três são estrangeiros —, fazem o que querem. E, como conhecem o Estado português, usam de um poder que nos seus próprios países não lhes é permitido. Não pergunte, por isso, como é que um banco catalão, norte-americano ou sino-angolano pode praticar aqui uma diferença maior entre os juros pelos depósitos e os recebidos pelos empréstimos do que nos seus países; a resposta seria a subserviência das nossas autoridades.
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