Paradoxo maior, o populismo precisa da democracia embora a despreze. Ao contrário de outras formas de contestação a regimes, este corrói as instituições por dentro por meio de atos com visibilidade pública que, em contextos autoritários, seriam silenciados. Ou seja, em democracia, o populismo não é institucionalista e, nos casos em que alcança o poder, o populismo nunca é democrático
Sou um institucionalista. Tal significa, entre outros aspetos, que considero que as instituições são pilares importantes dos sistemas políticos e, também, fundamentais para garantir relações civilizadas no espaço público. Ainda, que os atos e relações institucionais vão muito além de coreografias. Os símbolos têm valor efetivo. Uma bandeira nacional não é um pedaço de pano, um hino não é apenas uma música, e um Chefe de Estado, enquanto tal, não é um cidadão como os outros.
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