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Opinião

Boaventura: em nome dos nossos valores, não!

Boaventura Sousa Santos é tão inocente como qualquer outro. Mas a sua defesa é sua. Se usa a “luta por um mundo melhor” e o “neoliberalismo” para se defender de uma acusação de abuso, faz dos que estão nesse combate seus reféns. Até porque não há qualquer indício de uma motivação política para a acusação que lhe é feita. Se existe, é em sentido inverso

Que me recorde, nunca escrevi sobre denúncias pessoalizadas de assédio que não tivessem chegado à Justiça. Não é pudor, é função. Faço comentário político e nele, o que me interessa, são as questões difíceis e interessantes que movimentos como o #MeToo levantam. Sobre isso fui escrevendo bastante, expondo as minhas esperanças e receios. Esperança num movimento emancipatório que terá efeitos estruturais na mais antiga das relações de opressão. Receios, pelo risco que significa para conquistas fundamentais, como a do direito a um julgamento justo, à defesa e à presunção de inocência. “A vítima tem sempre razão” é um argumento que nunca me conquistou porque não pode conquistar quem acredite no Estado de Direito. O estatuto de vítima não é prévio.

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