Opinião

O suicídio da Europa

6 abril 2023 0:00

O Ocidente — ou NATO se preferirem — está feliz porque, através da Finlândia, ganhou mais 1300 quilómetros de fronteira com a Rússia. E para que quererão eles mais 1300 quilómetros de fronteira com a Rússia?

6 abril 2023 0:00

A poucos dias de uma visita à China determinante para as relações entre o gigante asiático e a UE, onde chegou acompanhada pelo Presidente francês, Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, resolveu fazer, mais do que um discurso, uma intervenção de fundo que estabeleceu desde logo não apenas a agenda da visita como também todo o futuro das relações sino-europeias. Muito saudado nos meios da autodenominada “ordem liberal internacional”, o discurso foi marcante a vários níveis: pelo momento, pela forma e pelo conteúdo. O momento e a forma — falando antes e publicamente o que é habitual reservar para ser falado durante e em privado — assinalaram uma posição de força, pessoal e institucional, que, aliada a um conteúdo de claro confronto e desafio, logo suscitou uma ríspida resposta da parte chinesa e a certeza de que dificilmente esta visita terá bons resultados, agora ou no futuro: os chineses costumam demorar uns 50 anos a esquecer ofensas públicas.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.