Herman, Malato e Fernando Mendes podem ser grandes à vontade (e ainda bem), porque ninguém se lembraria de dizer que são “robustos” e impróprios para apresentar um programa. Porquê? Voltamos sempre ao mesmo: o corpo do homem é privado, o corpo da mulher está sempre em hasta pública, é no corpo da mulher que se decidem os conceitos de moralidade (aborto ou não) e os conceitos de beleza. É pressão a mais, não acham?
Volto à cena que me marcou bastante há uns meses. Estou numa loja de roupa com as minhas filhas, estamos à espera de provador. À minha frente está uma mãe com um ar desesperado, não está com ar de quem está só numa loja de roupa, parece que está num consultório médico à espera de uma análise ou de um diagnóstico. Lá dentro do provador, duas meninas não param de dizer que nada fica bem em tom de choro; já estão ali há imenso tempo.
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