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Opinião

A suprema ironia: Israel obcecado com a pureza de sangue

“The Spy” é mesmo uma boa série para vermos neste momento delicado da história de Israel, que tem de decidir uma coisa: ou é um Estado de direito aberto a todos ou é um Estado étnico-teológico só para judeus puro sangue? E é um pouco trágico que o povo judeu, que sofreu como ninguém a obsessão com a pureza étnica e de sangue, viva agora marcado precisamente pela ideia de que Israel é só para judeus

Pode parecer estranho, mas a ficção é a forma mais realista de observar um país, porque nos mostra as fissuras e as feridas que por norma são escondidas pelo discurso político e pelas narrativas acolhidas pelo povo. Querem neste momento olhar para Israel? Passem os olhos pela série “The Spy” (Netflix), protagonizada por Sacha Baron Cohen, e escrita pelo israelita Gideon Raff. Tal como outra série Israelita, “Valley of Tears” (HBO), “The Spy” sublinha uma tensão da sociedade israelita: o desprezo ou mesmo racismo em relação aos judeus árabes, judeus de pele escura que sempre viveram na região. Como quem tinha o poder eram judeus de origem branca e europeia, os judeus árabes eram e são desconsiderados.

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