Até agora, o Ocidente tem apostado tudo na guerra como forma de defender os seus valores. Contudo, a entrada da China em cena, formalmente como potencial negociador da paz e não como apoiante de uma das partes, obriga a ajustes estratégicos. O pior desfecho desta guerra seria deixar a Ucrânia e a Rússia na órbitra da China. É um perigo real
Quem por cá ler o “documento estratégico” saído da recente visita de Xi Jiping a Moscovo e não souber a identidade dos seus signatários - Rússia e China - tenderá a concordar com os princípios gerais enunciados. A declaração enfatiza que a cooperação entre os dois países não assenta numa aliança militar e que ambos rejeitam o cenário de uma nova guerra fria. Também, que os atores da comunidade internacional não devem procurar impor um modelo único, mas antes respeitar as características das diferentes civilizações. Por fim, os signatários proclamam-se defensores de um mundo multipolar, sem unilateralismos ou protecionismos, onde a ONU deve ter papel central.
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