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Opinião

O mundo paralelo do FC Porto

O espírito agressivo e conspirativo do FC Porto faz-me lembrar os fanáticos americanos que vivem em bunkers à espera do fim do mundo, sempre alerta, sempre neuróticos, sempre prestes a explodir, sempre com a ideia falsa de que são cercados por inimigos - apesar de terem todas as armas num raio de quilómetros

Há quem fique irritado com a agressividade implícita e explícita de Pinto da Costa e Sérgio Conceição. Há quem fique irritado com aquela atitude que dá sempre a impressão de que pode dar uma estalada em alguém a qualquer momento. Eu, lamento, só fico com vontade de me rir. O FC Porto, por vezes, é um exercício de humor involuntário, porque os responsáveis portistas falam como se estivessem numa guerra – numa guerra mesmo, como a da Ucrânia -, falam como se fossem membros de um pelotão que está para lá das linhas do inimigo. Isso cria um espírito de corpo, sem dúvida, mas também cria um discurso ridículo e cómico. Vivem de facto num mundo paralelo que me choca e interessa ao mesmo tempo. Se estivesse numa faculdade de antropologia ou psicologia, seria este o meu objeto de estudo.

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