Até há algo de “Moby Dick” e de Melville nos quadros de Turner, os tais presságios que rebentam agora no século XXI. Não falo apenas da presença esmagadora do mar, mas de um subtexto que vai surgindo em quadros como “Fishermen at Sea”, “The Shipwreck” e, claro “Wreck of a Transport Ship” (da coleção Gulbenkian): apesar dos seus feitos, o homem é pequeno em relação à força da natureza ou Deus, chamem-lhe o que quiserem; e, na sua tentativa de superar o Criador, acaba por cometer atrocidades ou erros graves
Vale a pena voltar a esta peça de Jorge Calado sobre J. M. W. Turner, ou melhor, sobre a visão de Turner sobre o mundo moderno inaugurado no século XIX. Passados 200 anos, o que podemos ver ali enquanto profecia sobre essa modernidade? Muita coisa, se me permitem a ousadia de demiurgo ou druida.
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