O que deveria ser mais um congresso do Chega para corrigir mais uma trapalhada estatutária teve direito à presença do vice-presidente do PSD e de Ana Catarina Mendes. Percebendo a centralidade que lhe dão, Ventura subiu a parada: quer ministros. A sede de poder da direita será tal que os terá. E Costa alimenta a ideia de que qualquer alternativa passa pelo Chega. O problema não são os inimigos da democracia. São os que estão demasiado ocupados consigo mesmos para a defender
O que deveria ser mais um congresso do Chega para corrigir mais uma trapalhada estatutária de um partido unipessoal não se limitou a merecer uma cobertura mediática absurda, tendo em conta a regularidade das convenções e o facto de ser um formalismo imposto pelo Tribunal Constitucional, que Ventura aproveitou para mais uma eleição norte-coreana. Teve direito à presença do vice-presidente do PSD que, em 2020,quando foi candidato à liderança, defendeu que as alianças com extrema-direita eram possíveis e da ministra dos Assuntos Parlamentares, umas das figuras mais importantes do PS. E isso chegou para que o congresso, onde nem uma solução para seja que assunto fosse foi mencionada, ganhasse centralidade política. O que nunca precisa de muito, porque os jornalistas, sendo viciados em novidades, tendem a alimentá-las até as suas profecias se tornarem realidade.
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