30 dezembro 2022 0:08
Como é que a presidente da TAP e o ministro das Infraestruturas justificam, perante os portugueses e os trabalhadores da TAP, esta embirração com a competência? Ou Alexandra Reis não era competente? Se não o era, por que foi Pedro Nuno Santos convidá-la para presidente de outra empresa?
30 dezembro 2022 0:08
Não, não vou escrever sobre o caso da semana. Porque, se fosse escrever sobre ele, teria de começar por relembrar que a libertação de informação por empresas com títulos cotados é relevante pelo impacto que pode ter na apreciação que os investidores fazem sobre o emitente e sobre o valor dos seus títulos, exigindo-se sempre que obedeça “aos princípios da completude, veracidade, clareza, objetividade e licitude” (CMVM). Logo, se fosse escrever sobre este assunto, teria de reconhecer que, comparando os comunicados da TAP de fevereiro com dezembro, a administração da TAP ou mentiu no passado ou mente hoje sobre a saída da senhora Alexandra Reis. Como a TAP irá ao mercado refinanciar-se em 2023, a dúvida que levantaria seria sobre o impacto desta inconsistência na forma como o mercado verá a empresa e a informação que liberta, ou por que razão terá a senhora Alexandra Reis dado cobertura a tal mentira.