O exercício prolongado do poder tem efeitos não negligenciáveis no comportamento dos políticos. Acentua o distanciamento da realidade, a arrogância com os adversários, a impaciência com os correligionários, o incómodo com a política doméstica, a ausência de ideias e perspetivas de futuro. Após sete anos como primeiro-ministro, António Costa está assim. Ainda não fez um ano que ele próprio, e outros dirigentes socialistas, garantiam que “maioria absoluta não é sinónimo de poder absoluto”. Ninguém imaginou, nem antecipou, que poderia resultar em cansaço absoluto.
23 dezembro 2022 0:16
Não é por falta de boas propostas que o país está assim. Há excelentes contributos de muitas entidades da chamada sociedade civil. Mas não há vontade política em concretizá-los
23 dezembro 2022 0:16