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Opinião

Nem é necessário torturar os números

Nem é necessário torturar os números

José António C. Moreira

Professor da Faculdade de Economia do Porto e da Porto Business School

A respeito de estatísticas, há uma piada que refere que “os números mostram sempre o que se pretende, desde que sejam convenientemente torturados”. Porém, às vezes nem é necessário torturá-los, bastando, para obter o mesmo efeito, sonegar aos destinatários uma qualquer peça de informação que se afigure importante para a contextualização dos mesmos. E o milagre acontece, o que é mau transforma-se em bom ou, no mínimo, parece razoável

O Ministério da Educação disponibilizou os resultados das provas de aferição aplicadas em 2022. Apesar de todos os constrangimentos que o processo de aprendizagem sofreu no período da pandemia, os resultados divulgados parecem mostrar uma realidade melhor do que a existente antes do confinamento. Luís Aguiar-Conraria glosou o feito, neste jornal, com dose q.b. de sarcasmo, salientando que os números mostram que os alunos obtêm melhores resultados quando a escola está fechada do que quando está em pleno funcionamento.

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