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Opinião

A libertação não foi para os jovens

Nenhuma das receitas para os libertar do jugo “socialista” teve o efeito esperado. A flexibilização laboral não garantiu melhores empregos e salários. A liberalização do mercado de habitação não lhes garantiu casa. Só em delírios de privilegiados o país com uma das mais baixas taxas de arrendamento público e das mais altas taxas de precariedade é "socialista". Os jovens não são vítimas da segurança dos pais, que é baixa. São vítimas da “libertação” que lhes foi prometida há décadas e que hoje é paga com uma vulnerabilidade total. Sem casa nem contrato, sobra a emigração

Três dados recentes merecem debates de diferentes intensidades: 70% dos postos de trabalho perdidos na pandemia, em 2020, eram ocupados por jovens; os jovens portugueses foram os que, na UE, saíram mais tarde da casa dos pais; e o PIB per capita romeno irá ultrapassar o português em 2024. A tendência é repetir uma narrativa antiga: “este país não é para jovens”. Ainda eu era jovem e já este mantra era usado para bater na primeira geração que teve direitos sociais e laborais, culpando-a pelos direitos que nos tiravam a nós.

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