Opinião

WhatsApp e separações

25 novembro 2022 0:10

Quem fica com os grupos de WhatsApp? Apagam-se as fotos e bloqueia-se o/a ex?

25 novembro 2022 0:10

Não estou inocente. Mas digo em minha defesa que terei criado, no máximo, uma dúzia de grupos WhatsApp, e todos de carácter laboral. Há o grupo 1 que se destina a determinado trabalho e tem seis elementos, mas depois há uma divisão em subgrupos por tendências: o que conta com os elementos X, W, Y; o que é composto pelos Y, T, H; e há outro com os elementos X, T, Z. Ou seja, uma série de alianças estratégicas que se gerem no serviço de mensagens. Não é ser “fdp”; é gestão de recursos humanos. Nada disto é novo. Antes, era nos corredores, junto à máquina do café, numa sala em pequenos encontros sussurrados. Não são “traições” ou “sacanagem”, mas muitas vezes uma maneira de formatar objetivos de trabalho, descomprimir tensões entre os grupos e pessoas. E sim, muitas vezes é só calhandrice. Tudo dentro das normais e saudáveis relações laborais — o que nestes tempos tem de ser por WhatsApp, com uns bonequinhos graciosos e umas mensagens que por vezes vão por engano (graças a deus já se pode apagar). O WhatsApp criou muitos problemas, ainda por resolver, quando se fala de um serviço encriptado (terrorismo, propagação de fake news, crime organizado e tráfico humano e de droga, etc.), mas que hoje migraram para outras plataformas mais complexas. Contudo, foi uma dádiva para a comunicação no trabalho. Para mim, praticamente matou o e-mail. Nas relações pessoais, a situação poderá ter-se complicado.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.