Ucrânia: um exemplo para o mundo
Cada pequena vitória dos ucranianos e cada derrota dos russos neste conflito representa um marco de esperança para todos nós. Afinal ainda vale a pena lutar por convicções
Ex-deputado do PSD
Cada pequena vitória dos ucranianos e cada derrota dos russos neste conflito representa um marco de esperança para todos nós. Afinal ainda vale a pena lutar por convicções
A guerra na Ucrânia dura há vários meses e o mundo olha, chora, mas também sorri com as pequenas e grandes vitórias do povo ucraniano. Cada aldeia, cada vila, cada cidade protegida, defendida ou recuperada pelas forças de Zelensky enche de orgulho todo o Ocidente.
A arrogância de Putin é esmagada pela humildade de um povo que aprendi a admirar, a respeitar e a defender sempre que tive oportunidade. A recente recuperação de Kherson é apenas mais um passo, mais uma vitória do bem contra o mal. Deus, se existe, tem estado ao lado dos ucranianos que têm feito tudo para merecer vitória atrás de vitória.
Quando vemos uma aldeia a ser libertada, quando nos deparamos com imagens de jovens, adultos ou idosos a receber os seus soldados após meses de ataques e controlo russo, sentimos que cada gota de suor, cada vida, cada luta, valeram a pena. É nestes momentos de superação que nos indignamos ainda mais com aqueles que defendiam a capitulação da Ucrânia perante a Rússia apenas para evitar mais mortes, mais feridos, mais destruição. Isso era ceder ao mal, à chantagem, à arrogância e ao despotismo de Putin e dos seus aliados. É por isso que digo que devem ter vergonha na cara aqueles que defenderam a subjugação de uma nação ao alegado superior poder bélico da Rússia.
Não sabemos como terminará esta guerra, mas tenho a certeza que os ucranianos ganharam o respeito de quase todas as nações do mundo. O bem está a vencer o mal e aqueles que culpam a NATO, os Estados Unidos ou os próprios ucranianos pela existência desta guerra não são mais do que cúmplices de Putin e do seu regime.
Ao vermos a destruição causada pelos russos em infraestruturas essenciais como centrais elétricas, a pilhagem de casas, as mortes, ou os homicídios nas aldeias e vilas ucranianas, confirmamos que o regime russo não presta, que é indigno e que representa claramente o pior que existe no mundo.
Escrevo este texto num dia em que o líder talibã no Afeganistão veio defender a aplicação de medidas mais severas contra as mulheres no seu país e em que no Irão ficamos a conhecer mais exemplos de repressões contra os manifestantes que defendem mais liberdade e democracia. É revoltante e triste que, por cá, alguns que se assumem como defensores dos direitos humanos ou ativistas da defesa das mulheres continuem a defender ou a relativizar a barbárie de regimes como o dos talibãs, no Afeganistão, de Putin, na Rússia, ou dos ayatollas, no Irão.
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