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Opinião

Duas faces do PCP

Duas faces do PCP

Henrique Monteiro

Ex-Diretor; Colaborador

O Partido Comunista pode (e deve) ter as regras que bem entende para substituir, nomear, indigitar, ungir ou o que for, o seu secretário-geral. Quem, senão os próprios militantes do PCP, poderá interferir nesse processo? Aqueles que se escandalizam deviam conhecer o velho provérbio (Jerónimo de Sousa sabe-o, por certo) “quem está fora, não racha lenha”

Sinceramente, incomoda-me mais a hipócrita surpresa com os métodos do PCP para fazer substituir o secretário-geral do que o nome escolhido. É verdade que não é um nome conhecido, daqueles sobre os quais se possa, de imediato, fazer juízos de valor e análise das posições que tomou ao longo dos tempos. É um funcionário do partido, com o que tudo isso implica de orgulho, modéstia, servilismo e dureza.

Não é um homem livre, mesmo avaliando pelo que o genial Étienne de La Boétie escreveu no século XVI no “Discurso da Servidão Voluntária”; porque, por mais voluntário que seja na submissão a uma ideologia unívoca e totalitária; por muito que honestamente pense que assim salva o mundo ou, pelo menos, o remenda, está sujeito a um conjunto de conceitos e preceitos que lhe tolhem a liberdade.

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