A justificação para a demissão de Cotrim de Figueiredo, que quis escolher o sucessor, é a de que precisa de um discurso mais popular (ou populista). Das soluções para os preços da energia aos milagrosos efeitos do choque fiscal, a conjuntura é péssima para a IL. E Montenegro tem mais intersecções eleitorais com a IL do que Rio. Mas se o objetivo é passar para os escândalos, o Chega tem menos escrúpulos e o PSD é mais forte. Os dois serão mais eficazes. A IL arrisca-se a entrar no momento CDS
Não é a primeira vez que um líder de um partido se julga no direito de escolher o seu sucessor. António Costa está há anos a tentar fazê-lo. Francisco Louçã tornou pública uma solução de liderança bicéfala que nunca funcionou com os respetivos nomes antes de abandonar o lugar de coordenador. Paulo Portas não sossegou enquanto não reverteu a vitória de Ribeiro e Castro, ao ponto dele próprio regressar e deixar, quando e como queria, uma sucessora escolhida por si.
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