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Opinião

Um mito alemão que pagamos caro

Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Ironicamente, a máxima da propaganda nazi é a que melhor explica a persistência do mito que atribui a sua ascensão aos perigos da inflação quando a chegada de Hitler ao poder acontece dez anos depois. Os mais afetados pela inflação fizeram valer a sua “verdade” face à dos operários e trabalhadores rurais, massacrados pela austeridade que a conteve. E a Europa ainda hoje paga o pesado custo da construção deste mito

Depois de meses de contenção, em que parecia compreender que a natureza da inflação na Europa é bastante distinta da dos EUA, o BCE parece empenhado numa corrida desenfreada para acumular subidas históricas e sem precedentes das taxas de juro. Num espaço económico onde 38% da inflação é resultado do aumento dos preços da energia, que são basicamente indiferentes ao aumento das taxas, o governador do banco central alemão tem vindo a pressionar, de forma cada vez mais enfática, para uma evolução até 2%, ou mesmo 3% de taxas de juro que até há poucas meses estavam em valores negativos. Hoje deverá ser dado mais um passo nesse sentido.

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