Ao tentar desvalorizar os abusos e a óbvia conivência da hierarquia da igreja portuguesa com os abusadores (algo que se passou em todo o mundo), Marcelo está a ser um péssimo católico e um democrata ainda pior. Como democrata e como católico, sinto-me vexado por esta aliança entre as forças mais reacionárias da igreja e um presidente que já é sem qualquer dúvida o Presidente mais fraco desde 74
Como católico e como democrata, sinto-me vexado pelas declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre os abusos na igreja. São de uma imbecilidade sem fim: além da tentativa de desvalorização, aquelas palavras contêm um erro de perceção infantil que não contempla o rácio entre população e abusos. 400 casos não é pouco num país de 10 milhões. Claro que há milhares de casos nos EUA, país com 330 milhões de pessoas. Por outro lado, o Presidente da República, que ainda para mais é católico, só podia dizer uma coisa: um caso já é muito.
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